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Valorização imobiliária começa a migrar para outras regiões de Londrina

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Enquanto o preço do metro quadrado na Gleba Palhano sofre acomodação, empreendimentos no Terra Bonita e na zona leste têm atraído cada vez mais a atenção de investidores

Nos próximos dez anos, Londrina deve ter seu mapa urbano redimensionado com a aprovação do Plano Diretor, uma nova Gleba Palhano deve surgir na região do Terra Bonita - atrás da Unopar Catuaí - e a zona leste poderá ser a região com maior valorização imobiliária da cidade.

O Município, que hoje vive uma acomodação de preços no mercado de imóveis – até por conta de uma revisão da planta de valores imobiliários que está sendo feita pela Prefeitura -, deve passar por mudanças significativas na próxima década que devem ser observadas com interesse por quem quer investir em imóveis. Três especialistas consultados pelo JL avaliam que os investidores devem ficar atentos às oportunidades que já começam a aparecer.

Segundo o presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina e Região (Sincil), Marco Antônio Bacarin, hoje o metro quadrado (m2) mais caro da cidade está nas principais vias da Gleba Palhano, mas o preço já não é o mesmo de um ano e meio, dois anos atrás. “Ali foram vendidas áreas com preços variando entre R$ 5 mil e 7 mil o m2. Agora, estou fechando uma proposta de R$ 4,5 mil o m², numa área top da Madre Leonia”, diz.

De acordo com Bacarin, a revisão da planta de valores – que está sendo elaborada por uma comissão da qual o Sincil faz parte – vai trazer os imóveis da cidade para a realidade. “Essa planta é a melhor dos últimos anos, mais próxima do valor real do imóvel. Até então, Londrina estava com impostos 30% - em alguns locais até 50% - abaixo do valor real. Isso também vai acabar com algumas distorções de preços flagrantes.”

Segundo Bacarin, quem quer ganhar dinheiro com imóveis deve pensar em outras áreas além da Gleba Palhano. “Pode haver valorização, mas não tão grande porque os preços já estão altos.” Para ele, a zona leste – com os novos projetos de urbanização e condomínios que estão sendo previstos para a área – tem o maior potencial de investimento. “Mas para quem quer investir em um curto espaço de tempo, o lugar mais seguro é o centro da cidade, no quadrilátero central, que vai das proximidades das Avenidas JK, Leste-Oeste e 10 de Dezembro até próximo à Prefeitura. Ali não existe perspectiva de perder dinheiro, no máximo empatar. Na hora que precisar, o dinheiro está na mão”, avalia.

O Plano Diretor, que está para ser votado na Câmara de Vereadores de Londrina, também deve trazer opções interessantes para investidores. “O Plano prevê as zonas residenciais 8 (ZR8), que serão especiais. São os futuros ‘bairros-cidades’, que terão tudo junto. Algumas delas já estão previstas, ali na área do Centro de Eventos, na zona norte e até na zona leste”, diz Bacarin.

Para o diretor de Economia e Estatísticas do Sindicato das Indústrias de Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon Norte), Olavo Batista Júnior, o Plano Diretor vai viabilizar um crescimento na faixa urbana e promover novas áreas a serem desenvolvidas. “Londrina é uma cidade múltipla, com vocações múltiplas, e isso afeta o valor dos imóveis em determinadas áreas. Hoje, algumas se destacam em valorização, como o próprio centro, no qual as construtoras voltaram a investir porque a população está voltando para lá.”

Segundo Batista, algumas das novas áreas com potencial para os próximos dez anos já estão disponíveis para os investidores agora. “É o caso do Terra Bonita, que já tem uns dez prédios construídos ou em construção. Quem entrar agora, vai ganhar dinheiro”, afirma.

Fonte: Jornal de Londrina

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